TORNE-SE SÓCIO
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HILÁRIO DA CONCEIÇÃO |
Hilário Rosário da Conceição, futebolista português, nascido em Moçambique, Lourenço Marques, em 19 de Junho de 1939, alinhou sobretudo a lateral esquerdo e notabilizou-se ao serviço do Sporting Clube de Portugal. Mais tarde viria a exercer funções de treinador e de treinador adjunto.
Hilário, nasceu num bairro pobre dos arredores de Lourenço Marques, a 19 de Junho, no entanto, alguns registos biográficos de Hilário apresentam erradamente a data de 19 de Março. Apenas entrou na escola aos 10 anos, e o seu sonho era arranjar um emprego.
Em 1955, com cerca de 16 anos, estreou-se no Atlético de Lourenço Marques, na equipa de juniores, mas a sua qualidade era tão evidente que rapidamente foi contratado pelo Sporting de Lourenço Marques a troco de um emprego na companhia das águas.
Não foi uma surpresa que em 3 de Agosto de 1958, com apenas 19 anos aterrasse em Lisboa para o Sporting Clube de Portugal. Seria ao serviço do Sporting que refinaria as suas qualidades e se transformaria num dos melhores jogadores da época na posição, e um dos melhores atletas a passarem pela equipa do Sporting Clube de Portugal, sendo até hoje considerado por muitos como o melhor lateral esquerdo de sempre com a camisa das quinas.
Durante os seguintes 15 anos, venceria com a camisa do Sporting Clube de Portugal, usando o número 3 nas costas, 3 Campeonatos Nacionais, 3 Taças de Portugal e a Taça das Taças. Não participaria porém no jogo decisivo da Taça das Taças, sendo o maior desgosto da sua carreira. Três dias antes, fraturou a Tíbia, enquanto o Sporting disputava uma partida para o campeonato contra o Vitória de Setúbal.
Encerrou a sua carreira no final da época de 1972/1973 aos 34 anos, quando até já tinha perdido, durante essa época, o lugar na lateral esquerda. Após centenas de jogos com a camisola do Sporting, teve a oportunidade de se despedir com uma vitória, e uma Taça de Portugal. A dez minutos do final, nesse jogo contra o Vitória de Setúbal, em 17 de Junho de 1973 que jogou pela última vez com o leão ao peito. Entrou para o lugar de Dinis, num jogo em que o Sporting venceria por 3-2.
Durante a sua carreira, foi internacional por 39 vezes, e foi um dos magriços que chegaram à meia final do Mundial em 1966, onde perderam estoicamente com a Inglaterra. Foi considerado o melhor lateral esquerdo do torneio, e um dos melhores jogadores portugueses, sendo mesmo considerado o mais regular da equipa das quinas.
Após a conclusão da sua carreira como futebolista, permanece no Sporting, integrado na estrutra técnica, e logo na primeira época como adjunto da equipa de Mário Lino leva a equipa leonina à dobradinha e às meias finais da Taça das Taças.
Depois, decide ele próprio ser o líder da equipa técnica e ruma ao norte de Portugal, para trazer o Sporting Clube de Braga à primeira Liga. O resto da sua carreira como treinador é feita em escalões secundárias. Em 1989 retornou à sua terra natal em Moçambique e é duas vezes campeão, no Ferroviário e no Matchedje.
Em 1993 retorna a Alvalade para integrar a equipa técnica de Carlos Queiróz. Permaneceria na equipa técnica com Robert Waseige e Octávio Machado, após o que transitou para a estrutra de técnicos do setor da formação, tendo a função de transmitir a mística leonina para os jovens atletas.
Em 2014 perde os seus dois amigos moçambicanos que partilharam muitas alegrias na seleção, Mário Coluna e Eusébio da Silva Ferreira.